Rosário Alçada Araújo, O país das laranjas

Livro sugerido pela Sofia Cabrá, quando andava no 8º ano, ao Clube de Leitura. E que boa leitura este livro nos proporcionou!

Para quem gosta de histórias relacionadas com a Segunda Guerra Mundial ou, mais precisamente, com o pós-guerra. A autora inspirou-se no facto histórico que foi o programa da Cáritas de trazer para Portugal 5500 crianças austríacas, privadas de todas as condições para crescerem saudáveis num país devastado pela guerra. Assim surge Martha, que vem viver para a Covilhã. Aí ela vai ser muito feliz. E aí ela vai descobrir o sabor e o significado da laranja em Portugal.

É uma história comovente e muito bem escrita. Vais adorar!

Descobre mais informação aqui:

https://www.dn.pt/cultura/um-livro-para-recordar-as-criancas-que-vieram-da-austria-para-o-pais-das-laranjas-11390850.html

ou aqui:

https://pnl2027.gov.pt/np4/paisdaslaranjas.html

ou vem conversar sobre o livro com o Clube de Leitura.

Na nossa BE, o livro tem o número 13365.

A distância entre mim e a cerejeira, de Paola Peretti

Mais uma excelente leitura de férias!

A autora, Paola Peretti, foi diagnosticada com uma doença genética muito rara e sem cura conhecida, chamada Doença de Stargardt, que causa a perda progressiva da visão até à cegueira.

Inspirada na sua situação, Paola cria uma personagem, Mafalda, uma menina de 9 anos, que passa pela experiência da gradual perda de visão. A vida na escola com os colegas, a relação com a melhor amiga (que afinal não era assim tão amiga), os professores, a auxiliar Estella, a família, em particular a avó (já falecida), o pai, leitor apaixonado de Italo Calvino e do seu livro, O Barão Trepador, e Filippo, o apaixonado e apaixonante Filippo... e Ottimo Turcaret, o gato, companheiro de todas as horas... e muito mais encontrarás neste pequeno romance.

O título? Bom, o título tem a ver com uma linda cerejeira que existe no recreio da escola e que Mafalda gosta de trepar e de ver, logo que chega à escola, pela manhã. Mas a distância a que ela consegue ver a cerejeira vai sendo cada vez menor... os olhos deixam de ver, ela vai ter de passar a olhar para as coisas com o coração. Mas nós sabemos que o essencial é invísivel aos olhos, não é? (Recorda a mensagem d’ O Principezinho.)

Lê, vale a pena!

Está na BE, com o número 13345.

Se precisares de orientação, consulta o Clube de Leitura. Procura-nos na biblioteca.

O Lugar das Árvores Tristes, de Lénia Rufino

Uma excelente sugestão de leitura para férias: um romance pequeno, que lês avidamente, da primeira à última página – a 223.

Trata-se de uma história que abarca duas gerações de mulheres, indo ainda um pouco até à figura da avó, a mãe de Lurdes. Irene e Lurdes, mãe e filha, são vítimas dos escrúpulos de um lugarejo no Alentejo, nos anos 70.

Lurdes, vítima de uma violação, cujo autor ela nunca chega a identificar, fica grávida aos 14 anos. O bebé é-lhe retirado logo depois de nascer e ela é levada para longe da família, por causa das más línguas e da vergonha. Assim, privada da infância e da maternidade, Lurdes tem de reaprender a sentir. Joaquim apaixona-se por ela, acabam por casar e a vida vai continuar.

A ensombrar a existência de Lurdes desde o início do romance está a figura de monsenhor Alípio. Uma personagem tenebrosa, com imenso poder sobre o destino da jovem e de toda a gente da aldeia, mergulhada na tortura do celibato e da falsa religiosidade.

A construir a cadeia de acontecimentos está Isabel, filha de Lurdes, que, com a sua sensibilidade exacerbada pela tristeza da mãe e pela sua reserva sobre tudo o que era passado, descobre os diários da mãe que vão esclarecer tudo.

Requisita o livro na nossa BE, procura o número 13 383.

Consulta o teu Clube de leitura!

 

Viva o Clube de Leitura!

E mais um ano chega ao fim! Ficam certificados e livros para os colaboradores, pelo empenho e pela alegria que trouxeram a todas as atividades. Contamos com todos para o ano.

Obrigada!