Trata-se de uma história que abarca duas gerações de
mulheres, indo ainda um pouco até à figura da avó, a mãe de Lurdes. Irene e Lurdes,
mãe e filha, são vítimas dos escrúpulos de um lugarejo no Alentejo, nos anos
70.
Lurdes, vítima de uma violação, cujo autor ela nunca chega a
identificar, fica grávida aos 14 anos. O bebé é-lhe retirado logo depois de
nascer e ela é levada para longe da família, por causa das más línguas e da
vergonha. Assim, privada da infância e da maternidade, Lurdes tem de reaprender
a sentir. Joaquim apaixona-se por ela, acabam por casar e a vida vai continuar.
A ensombrar a existência de Lurdes desde o início do romance
está a figura de monsenhor Alípio. Uma personagem tenebrosa, com imenso poder
sobre o destino da jovem e de toda a gente da aldeia, mergulhada na tortura do
celibato e da falsa religiosidade.
A construir a cadeia de acontecimentos está Isabel, filha de
Lurdes, que, com a sua sensibilidade exacerbada pela tristeza da mãe e pela sua
reserva sobre tudo o que era passado, descobre os diários da mãe que vão
esclarecer tudo.
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