E o casamento não podia ser mais feliz, com as alunas do CCV a dizerem dois belos poemas sobre árvores e a lembrarem que 1/3 da superfície da Terra é ocupado por floresta e que assim tem de ser se queremos continuar a respirar...
Foi também produzido e realizado um vídeo pela equipa, com vozes várias a homenagear as árvores da escola, dizendo os versos de António Ramos Rosa, "Cada árvore é um ser para ser em nós".
A atividade distribuiu-se por uma série de salas de aula do Ensino Básico e Secundário.
O poema de Fiama Hasse Pais Brandão foi um dos textos ditos.
o espírito.
Debaixo do pinheiro bravo
a sombra
torna metafísica
a silhueta de tronco e copa.
Em volta da ameixoeira temporã
vespas ensinam aos meus ouvidos
louvores. As oliveiras não se movem
mas as formas da essência desenham-se
cada dia com o vento.
Na sombra os frémitos
acalentam o pensamento
até ao não pensar. Depois
até sentir a vacuidade
no halo de flores que o envolve.
Sob as oliveiras, por fim,
que não se movem contorcendo-se,
concebe o não conceber.
"Infância", in Três Rostos, 1989
Fiama Hasse Pais Brandão (1938-2007)
a silhueta de tronco e copa.
Em volta da ameixoeira temporã
vespas ensinam aos meus ouvidos
louvores. As oliveiras não se movem
mas as formas da essência desenham-se
cada dia com o vento.
Na sombra os frémitos
acalentam o pensamento
até ao não pensar. Depois
até sentir a vacuidade
no halo de flores que o envolve.
Sob as oliveiras, por fim,
que não se movem contorcendo-se,
concebe o não conceber.
"Infância", in Três Rostos, 1989
Fiama Hasse Pais Brandão (1938-2007)
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