Pão de açúcar, de Afonso Reis Cabral

Trata-se de um livro de 2018, que faz parte do espólio da BECT com o número 13069.

Livro baseado num acontecimento que fez correr muita tinta. O resultado é uma combinação de factos e ficção, de personagens reais e imaginárias.

O narrador-personagem, Rafael Tiago, conta-nos, na primeira pessoa, a experiência que foi conhecer, tratar, cuidar, agredir e matar uma mulher (Gi), travesti no Porto. Em fevereiro de 2006, os bombeiros do Porto retiraram de um poço existente num prédio inacabado, próximo do centro comercial Pão de Açúcar, o corpo, cheio de marcas de violência, dessa mulher. O crime foi praticado, ao longo de vários dias, por um grupo de miúdos de 12 anos. Eram todos alunos da EB 2/3 Pires de Lima e viviam num orfanato, a Oficina.

Uma amizade forte unia Rafael a essa mulher, e Samuel tinha crescido com as histórias que ela lhe contara em criança. O que os levou a colaborarem no crime? A pressão do grupo?

Então, quando estamos em grupo, deixamos de distinguir o bem do mal? O abandono pela família destes rapazes tornou-os verdadeiros assassinos?

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