Páginas: 64 (muitas das quais com ilustrações)
Belíssima obra com uma linguagem
muito acessível e que nos conta a história da casa dos livros.
Num lugar distante existia uma
casa-árvore onde as pessoas e os livros viviam em harmonia. Os livros forneciam às pessoas as
informações, as explicações e os sonhos que eles procuravam e em troca as
pessoas davam-lhes vida e uma sensação de plenitude alcançada.
A peripécia começou quando, certo dia, chegou
um novo Guardador-de-livros, que achou que tudo estava muito desarrumado, e
tentou mudar a ordem das coisas, aprisionando todos os livros. Ele era uma
pessoa muita séria, com uma sombra maior do que ele.
Privados do contacto com as
pessoas, os livros revoltaram-se e a confusão instala-se. Veja-se o exemplo de
um excerto das pp. 34 e 35:
“Talvez porque o Guardador-de-Livros
achasse que eram menos perigosas, muitas das obras de literatura infantil
permaneciam nas prateleiras e aí a balbúrdia foi enorme. Os três porquinhos
dormiram cem anos depois de comerem migalhas de pão espalhadas pela floresta
por uma bruxa. Os sete anões subiram, com esforço, um enorme pé de feijão e
foram viver com o gigante malvado que, afinal, era só um pouco rabugento. A
Capuchinho Vermelho dançava num lindo vestido de baile com o lobo mau, até que,
à meia-noite, um dragão calçado com uns delicados sapatinhos de cristal saiu de
uma lâmpada mágica disposto a conceder três desejos a quem lhe trouxesse a
galinha dos ovos de ouro.”
Reconhecem as histórias originais?
Então, aqui fica um desafio: reconstruir as histórias originais ou reescrevê-las
tal como elas ficaram depois da revolta dos livros.
E não se esqueçam de que “LER É
VOAR POR CAMINHOS INFINITOS”
Boas leituras.
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